Houve denúncia no tapete vermelho do “Festival de Cannes” nessa quarta-feira (16/05), antes da exibição do filme luso-brasileiro “Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos”, na mostra paralela “Um certo Olhar”, contra o “genocídio indígena”. A produção brasileira – o cineasta paulistano Renée Nader Messora e o português João Salaviza, os protagonistas Ihjãc Krahô e Koto Krahô, e produtores – levou cartazes, em vários idiomas, pedindo a demarcação de terras indígenas no Brasil.
O longa foi rodado na comunidade Krahô, no estado de Tocantins, durante nove meses. “Estive no Tocantins em 2009, para trabalhar num filme sobre o registro de uma festa de fim de luto, ritual de um ano depois de uma morte, e acabei me encantando com aquele universo. A ideia é ser um filme sobre as transformações de uma espécie, feito com os Krahô, mas como ficção”, disse Renée. No fim da projeção, o filme e equipe foram aplaudidos longamente pela plateia do cinema Debussy. O filme, que ganhou o título internacional “The Dead and The Others”, será julgado por uma bancada presidida por Benicio Del Toro.