Painéis em azulejos conseguem um equilíbrio harmonioso entre arte e arquitetura, uma proposta inteligente, ousada e refinada de formas e cores. Os grandes murais têm a maravilhosa finalidade democrática da arte compartilhada. No Brasil, encontramos grandes mestres, como Paulo Werneck e Athos Bulcão. Os grupos coletivos “Muda Atual” e “Contemporâneo” também compartilham esse estilo: geometria, arte, cor e tecnologia (novos materiais para azulejos ) em novas perspectivas. Nos anos 60, no auge da construção de Brasília, os painéis de azulejos foram responsáveis pela cor, arte e cultura da cidade. A exposição permanente dos grandes painéis proporcionam, até hoje, uma cultura de diálogo entre arte, arquitetura e população – uma marca registrada de Brasília.
Novas vozes e a pluralidade de materiais fazem com que a arte em azulejo siga interminável. Em grandes painéis ou em espaços menores, tratado como uma parede ou mesmo como um detalhe, o azulejo tem uma capacidade de unir a luz e a textura do material vitrificado com um trabalho artístico. O resultado é lindo. A história dos desenhos em azulejos é bem antiga na nossa civilização; já os painéis geométricos surgem bem mais tarde. Até hoje, painéis em azulejos figurativos ou os geométricos modernos encantam pela sintaxe do resultado final, que é sempre surpreendente.