Daí você dá aquele corridão, dia esplendoroso de outono, com calor de verão, mas sem aquela muvuca da outra estação (que maravilha!), não para pra falar com ninguém nem com aquele barriga de tanque e perna de jogador tão amado (ele não sabe dessa parte). Também, toda suada (argh!), só uma coisa interessa: um coco gelado. Se parou num quiosque de Copacabana, vai pagar R$ 4 ou 5; se chegou a Ipanema, pode ser 6; seguiu até o Leblon, pode ser 7,50 ou 10 – se for no Café de la Musique, mas com uma boa explicação: tem garçom, música, cardápio e mesa com cadeira confortável. E o gerente esclarece não poder cobrar um preço para quem está sentado, outro para quem está em pé. Sentado ou em pé, no bairro que for, a vista é democrática e sem taxa – pode desfrutar. Como você vê, o coco vem do Ceará a R$ 1 (em média), mas o preço para os cariocas depende muito de qual altura do calçadão ele resolveu parar. Depois, só tirar essa roupa, sol nesse corpinho para deixar o amarelo-escritório no passado.