Encenada pela primeira vez no Rio há 100 anos, “Um baile de máscaras”, do italiano Giuseppe Verdi, teve estreia de nova montagem futurista com direção de Pier Francesco Maestrini, nessa sexta-feira (27/04), no Theatro Municipal – a primeira ópera da programação de 2018 sob a presidência de Fernando Bicudo. O espetáculo se passa numa espécie de realidade virtual, com imagens em 3D projetadas em equipamentos cedidos pelo Kiel Theater, da Alemanha, parceiro de produção. “Tentei criar um mundo futurístico que atingisse o público com estímulos visuais inusitados, sem deixar de ser fiel à minha maneira de reinterpretar óperas, buscando a liberdade e respeitando sempre a coerência narrativa”, disse Maestrini, que já encenou 150 produções de óperas em diversos teatros do mundo e usa vídeos desde 2003.
Uma plateia eclética lotou o teatro e Bicudo recebia os convidados desde a entrada. O clima era de euforia, com muitos reencontros, tanto que o início da peça atrasou meia hora. O filósofo Hugo Barreto, secretário-geral da Fundação Roberto Marinho, casado com a atriz Betty Gofman, escolheu o evento para comemorar seu aniversário em família e levou as filhas gêmeas Alice e Helena. Depois da animação inicial, no intervalo do primeiro ato – foram dois, com duração de 2h30 cada – entre elogios, os convidados sentiam a fome apertar, já que muitos foram sem jantar. Barulhinhos de saquinhos de petiscos ecoavam pelo salão e muita gente deixou a casa disfarçadamente. Quem ficou, só saiu pouco depois da meia-noite, quando as cortinas fecharam e a plateia aplaudiu por longos minutos. Veja fotos na Galeria.