Está rolando, nesta quarta-feira (04/04), nas redes sociais, um manifesto assinado por centenas de artistas, críticos, curadores, marchands, museólogos e fotógrafos contra a decisão do Museu de Arte Moderna do Rio (MAM) de pôr à venda a tela “Nº 16”, de Jackson Pollock, por R$ 25 milhões. O valor seria para sustentar o museu e investir em novas aquisições. O manifesto tem base no posicionamento “contra” de organizações, tais como: o Conselho Internacional de Museus/ ICOM, o Instituto Brasileiro de Museus/ IBRAM e o Fórum Brasileiro pelos Direitos Culturais. “Agora, nós da classe artística, estamos unidos contra essa iminente venda porque defendemos a existência de museus para cumprir a sua função: preservar e exibir obras de arte. A venda do Pollock é uma demonstração de que o MAM necessita de um choque de gestão”, diz o manifesto, que já foi assinado por Raul Mourão, Luiz Zerbini, Vik Muniz, Waltercio Caldas, Brenda Valansi, Paulo Sérgio Duarte, dentre outros.
Segundo o texto, eles querem manter o quadro por ser o único Pollock no País e porque o MAM já sofreu perdas com o incêndio de 1978 e ficou por décadas sem receber exposições internacionais. “Agora, 40 anos depois, o museu volta a ser alvo de crítica internacional já que, além da importância artística em si, a obra foi doada por Nelson Rockfeller”. O grupo também pede a convocação de uma administração ativa, com visão estratégica e plano de governança antenada com a contemporaneidade da arte, para que o MAM volte a ser o mais importante museu da cidade.