Mais de quatro mil convidados passaram pela abertura da 14ª edição da SP-Arte, nessa quarta-feira (11/04), no pavilhão da Bienal do Ibirapuera. O número mostra o otimismo nesse circuito, depois de um ano tão difícil na economia brasileira. O primeiro dia sempre é decisivo para as 131 galerias estrangeiras e nacionais – três a menos que em 2017 -, em que os colecionadores ficam de olho nas peças, como aconteceu com a galeria paulistana Almeida e Dale, que colocou à venda o quadro “A Fazenda” (1950), de Tarsila do Amaral, já reservado.
Das tradicionais galerias, como Dan, Bergamin & Gomide, Vermelho, A Gentil Carioca, Casa Triângulo, Fortes D’Aloia & Gabriel, Luisa Strina e Millan, estrearam 12 na programação, sendo duas cariocas: Cassia Bomeny Galeria – com um trabalho de Frans Krajcberg – e Gaby Índio da Costa.
Quem estiver pela cidade, prepare o tênis, o fôlego, o bolso e o carão para as selfies com fundos de quadros dos dois mil artistas em exibição, porque haja tempo para tantas novidades! Nem só de galerias vai viver a SP-Arte; vai ter performances de longa duração – não estranhe se alguém o convidar para uma dança no meio dos salões – e algumas atrações foram divididas por setores, como o de design, que reservou um espaço para móveis, iluminação e antiguidades. “Num cenário de instabilidade econômica do País, queremos reforçar nossas atenções nas novidades produzidas no setor. A SP arte chega a movimentar R$ 300 milhões em negócios e eventos indiretos, como hotéis, restaurantes, e transportes. É uma das maiores do mundo”, diz Fernanda Feitosa, diretora e fundadora da feira, que espera um público de 30 mil pessoas até este domingo (15/04).
A parte charmosa, digamos assim, do evento, nem sempre está comprando; alguns não têm ideia de quem é Picasso, mas está enfeitando os salões, são conhecidos etc; sim, podem não ser os preferidos dos galeristas, mas todo mundo ama….