Mesmo com muita gente morta na terça de carnaval, poucos resistem ao Baile da Arara, criado por Malu Barretto e Pedro Igor Alcântara, há três anos, sempre numa casa em Santa Teresa. O nome da festa este ano foi “Um Bonde Chamado Samba“, com decoração do cenógrafo francês Jean Michel Ruis e sugestão de surrealismo tropical para o figurino. O baile da Arara se inspira em bailes mais, digamos, com clima de eternos, com música antiga e samba, nada de axé, frevo ou baticumbum. Paula Lavigne apresenta a tradicional roda de samba de Pretinho da Serrinha, com participação de Mart’nalia e Teresa Cristina, que agrada tanto a brasileiros quanto a estrangeiros. Em cena, de Lea T, com peitos à mostra, a Rodrigo Santoro (de árabe?); de João de Orleans e Bragança e Vik Muniz, irreconhecíveís, a Sabrina Sato pilhadíssima (apesar dos tantos desfiles). Qualquer coisa que não seja sensualidade, beleza, animação, purpurina e “otras cositas más”, sempre imprescindíveis nessas ocasiões, tem rara importância. Você pode adorar essas fotos.