O término de um projeto é a assinatura dos clientes. Quando os donos dos espaços imprimem suas digitais, escolha de objetos ou detalhes de finalização, isso faz com que o ambiente tenha um conceito bem particular. Considero detalhes tão importantes quanto o próprio projeto. E, como na arquitetura moderna e consciente, o cliente é mais importante que o trabalho, as escolhas feitas por eles para finalizar e ocupar o espaço arquitetônico são fundamentais. Dentro desse universo de escolhas, há quem adore as formas redondas que, com certeza, são orgânicas, não têm arestas e são mais suaves. Isso sem falar que uma mesa redonda é muito mais democrática.
Existem alguns espaços em que as mesas redondas se encaixem em perfeita harmonia. Em algumas salas, essa forma é muito mais adequada do que uma quadrada ou retangular e, para isso, o espaço não tem que ser necessariamente arredondado. A percepção de usar ou não o objeto circular está associada ao uso do espaço em si. Quando o objetivo for para unir, conversar, interagir – um carteado também cai muito bem -, a forma arredondada funciona muito mais. A esfera não tem começo nem fim; é uma forma perfeita e orgânica, além de suavizar e modernizar o ambiente.
Usamos tal conceito até para afirmar que uma transação ou mesmo um projeto foi executado de forma “redonda”, ou seja, perfeito! A correspondência entre a sensação e a forma define muito o nosso olhar estético. Nossas preferências e identificações acontecem associadas à sensação de bem-estar que uma forma – no caso, a geométrica – provoca. E isso acontece quando somos muito jovens e começamos a conhecer as formas primárias – quadrado, retângulo, redondo, curvo etc. Assim definimos nosso olhar e, para nós, arquitetos, isso é fundamental para que um projeto seja realmente bem feito e adaptado para o cliente.