São apenas 771 seguidores da página “Zona Sul é o meu País”, do Facebook, mas já estão fazendo um grande barulho. No perfil, criado sem identificação, a seguinte proposta: “Movimento separatista pela independência da atual Zona Sul do Rio”, que se transformará na República da Guanabara”. Ou seja, os integrantes, moradores da região, pretendem criar um “país” só pra eles – abrangendo os bairros do Leblon, Ipanema, Lagoa, Gávea e Jardim Botânico. A justificativa é que a superioridade econômica é evidente nos números de rendimento mensal domiciliar”. Eles criaram até um manifesto intitulado “Zona Sul: Independência, já!”, que diz, entre outras coisas, que “nós temos cultura própria. A maior parte das ditas características do Rio, ou mesmo do ideal de brasilidade, são, na verdade, do povo da Zona Sul – as praias, o Pão de Açúcar e o Corcovado, a Bossa Nova, com raízes e maiores criações nesse território, a Lagoa e o remo, os primórdios do futebol, o Flamengo e o Fluminense. Até a Baía de Guanabara, banhada por quatro “bairros”, é nossa por direito, é poluída – direta e indiretamente – pelo povo rude de fora”.
Um leitor da página, indignado, escreveu: “Sendo da Baixada Fluminense, vou precisar de um avião para chegar nesse lugar tão sublime, idolatrado, salve, salve! Uma amiga perguntou se precisaremos de passaporte, e eu reforço a pergunta. Afinal, essa população é tão incrível, que possui gente suficiente pra trabalhar e atender suas necessidades. Por favor, me avisem quando for a festa de Independência. Vou preparar meu frango com farofa, refrigerante Dolly, caixa de som direto do viaduto de Caxias, com pagode, e lotarei uma van com umas tiazonas prontas pra dourar os pelos com blondor e uns tiozões pra jogar sueca calçando sandália de couro e jogando osso de frango em suas calçadas. Vocês que limparão mesmo!”