Fica bem ali do lado do Hotel Tugu Bali e pertinho de um bar de fim de tarde (de que gosto bem mais), chamado 707, e que vale outro artigo exclusivo.
Pois bem, as fotos do The Lawn no Instagram são espetaculares; a decoração e a piscina, convidativas; a música, ok; o cardápio, sugestivo; a frequência, demasiadamente turística (compreende o que quero dizer?); e o atendimento, de vomitar. Isso mesmo, sem exageros. Nos dias de hoje, nem o restaurante com mais estrelas no Guia Michelin está tão besta.
A equipe de serviço, se é que podemos classificar como equipe, já chega impondo regras do tipo “todas as mesas ou sofás estão reservados” (estranho, já que cheguei a mencionar reserva para outro dia e me informaram não fazerem reserva). Exigem um consumo mínimo de 150 mil rúpias, o equivalente a 10 dólares. Como pode ter ocorrido ao garçom que alguém iria se sentar em um “sunset lounge bar” sem gastar isso? Fui atropelada por um sentimento detestável de ter sido julgada como “pé-rapado”, talvez pelo meu estilo mais para “moderno” do que para aristrocrata falida.
A discrepância entre o que exigem e o preço que cobram perante o serviço oferecido é o mais chocante.
Após a má experiência inicial e conseguirmos sentar mediante insistência, minha amiga pediu uma cerveja e eu, Kombucha – para quem não sabe, é uma bebida que já está pronta para consumo após ter sido fermentada de 8 a 12 dias. É à base de chá, que, a partir de uma simbiose de culturas de micro-organismos benéficos que se multiplicam, contribui para o fortalecimento do sistema imunológico e a desintoxicação do organismo. Minha amiga acabou a cerveja, e eu, desesperada de fome e sede, não recebi nenhum retorno, nem um copo d’água da casa ou água de coco para amenizar a situação. É curioso porque, em Bali, na maioria das vezes, não se pode exigir muito… mas desprezo, insulto e falsa simpatia jamais.
Como, na vida, nada nem ninguém é cem por cento mau ou ruim, ao falar com o gerente do estabelecimento, a despeito de não ter sido bem compreendida pelo brasileiro que não alcançou o X da gravidade da questão, fui atendida.
Os pratos estavam ok, mas chegaram acompanhados com a conta. O que pensaram? 1) pegaríamos em dinheiro no tão esperado momento da comida? 2) colocaríamos os pratos na bolsa e sairíamos sem pagar ou 3) apesar do lento atendimento deles, estavam nos apressando para liberar a mesa?
Sabe esses lugares que provavelmente terão vida curta? Poucas vezes, saí tão insatisfeita de um local. Triste. Bastava manter a tão escancarada amabilidade balinesa, que ajuda a compensar as falhas, ou uma visita de singelos dois dias a Tarifa (sul da Espanha), ou em Berlim, para aprender como deve funcionar. A esperança é a última que morre, não é não?