A artista paulista Malka Borenstein, que por dois anos ficou na ponte aérea, como assistente de Carlos Vegara – ela passava três dias no Rio e depois voltava para São Paulo – abriu, nessa sexta, sua primeira exposição na cidade carioca, “Recortes”, na Candido Mendes, em Ipanema. Teve debate entre o professor, a ex-aluna e Daisy Xavier sobre o processo de trabalho de Malka, que nessa mostra exibe uma instalação feita de pedaços de pinturas e três vídeos da performance “Tinta”. “Essa instalação nasce quando descubro que a casa onde eu cresci vai ser demolida. Fiquei imaginando aquele espaço, as memórias e o corpo mesmo, em pedaços. Acabam surgindo formas estranhas e inesperadas, que lembram órgãos e membros do corpo, mas que não pretendem ser uma representação destes”, explicou Malka. “Recortes” fica até 5 de junho em cartaz, com entrada franca.