A carioca Daniella Sarahyba começou a trabalhar como modelo aos treze anos, mas, na realidade, já nasceu praticamente num estúdio: com três dias de vida, ela e a mãe, Mara Sarahyba, que também foi modelo, foram clicadas para a capa de uma revista. Uma das mais bonitas de sua geração, Daniella também fez carreira internacional, tendo posado para seis edições da “Sports illustrated Swimsuit”, entre vários outros trabalhos no exterior.
Desde que se casou, em 2007, com o empresário Wolff Klabin, a família começou a tomar espaço na sua vida. Ultimamente, a modelo tem dedicado o seu tempo também a causas e obras sociais. Nessa sexta (10/02), ela foi homenageada pelo Inca, Instituto Nacional de Câncer, na inauguração das novas instalações da pediatria, por seu trabalho voluntário. Na imagem acima, Dani, com uma das crianças em tratamento no Inca.
Foto: V. Rebel
O que te levou a fazer esse trabalho com as crianças do INCA?
“Fui levada pela Renata Cordeiro Guerra, mas sempre tive vontade de trabalhar com crianças. Algumas ali conheci bem pequenas e estão grandes; outros cresceram, mas não sobreviveram. Criei um elo muito forte com todas elas”.
Você faz exatamente o quê?
“Ajudo a arrecadar cestas básicas, todo ano. Já fiz doação em dinheiro, também, e estou sempre com as crianças”.
Algum momento especial que você se lembre?
“É difícil falar de um só momento. Em outubro do ano passado, vivi uma cena impressionante lá, com Gabriel O Pensador. Ele tem uma energia que não consigo explicar. Entramos no quarto da Rebeca, que estava muito ruim, com leucemia. A felicidade que ela ficou quando ele fez uma música para ela, de improviso, foi inesquecível, me marcou. A Rebeca morreu, mas partiu com essa alegria. Os pais sempre agradecem nosso amor e carinho. É uma lição”.
Você consegue dimensionar o que as crianças sentem?
“Eu tive tumores na tireoide em 2007 e 2009, eram malignos, depois disso eu fiquei mais sensibilizada e, às vezes, pensava: Por que eu ter câncer?Agradeço a Deus cada dia, vejo lá o quanto nossa vida é frágil”.
É fácil para você fazer esse trabalho?
“No começo eu chorava, não conseguia dormir, mas agora eu tenho, também, uma sensação boa, sei que eles têm por mim a gratidão. Ver o sorriso no rosto de uma criança é maravilhoso, ver o sorriso no rosto de uma criança doente, é mais maravilhoso ainda. Cada pessoa poderia ajudar pelo menos um pouquinho. É a melhor sensação. É a coisa que mais me realiza. Ajudar o outro é a favor de nós mesmos”.
O casamento mudou sua carreira como modelo?
“Tanto o casamento quanto as prioridades vão mudando na gente, sou uma mãe dedicada – trabalho de mãe não passa. Estou casada há quase 10 anos e feliz com a minha família”. (Nota do site: Daniella é mãe de Gabriela, de seis anos, e de Rafaella, que faz três em abril)