Existe um climão atrás do Baile do Sarongue, como todo ano, mas neste carnaval a festa cresceu uma loucura. Frequentadores antigos não gostaram disso, mas só até entrar na animação – que era absurda. Banda maravilhosa tocando as marchinhas liberadas ou proibidas, com tudo. No capítulo bebidas, era rápido pra pagar, lento pra receber, isso depois de mais ou menos 45 minutos na fila, no horário de pico, ou seja, depois da meia-noite. Sim, porque os convites custam R$ 150, mas sem nada incluído, nem água morna.
Pro Rio, se comparado a outros bailes pagos, como o do Copacabana Palace (preço mínimo de R$ 2.500 por pessoa, até camarote de 10 lugares por R$ 58 mil), esse precinho é uma pechincha (e faça a fina, chegando bonita e gostosa). Sendo que no Copa tem jantar de chefs incríveis, champagne francês e nesse valor consta que até a vista linda está incluída – rsrs!
Na verdade, são festas muito distintas, em todos os sentidos. A fila em si, poderia até ser um bom item do cardápio, com o povo bem montado, raros caras de tênis e bermuda – dá até vontade de barrar na porta, dizendo: “Está indo à praia, seu idiota?” A fantasia mais vista este ano é a Malévola, tinha pelo menos uns 50 chifrudinhos pelo salão. E todos os perfis e profissões ali no baralhão.
Uma amiga comentou que tinha acabado de trocar olhares com um advogado. “Como assim, com tanto artista diferente, logo um advogado?”. E a outra respondeu: “Advogados são os novos banqueiros, depois da Lava-Jato”! Nem bêbada a criatura se desliga, digamos assim! E, nesse astral olha-a-cabeleira-do-Zezé o povo ficou sarongando até o dia amanhecer.