O prefeito Marcelo Crivella deu entrevista nesta sexta (10/02), no Centro de Operações da Prefeitura, convidando quem mora no Rio a participar, neste sábado (11/02), das oito ao meio-dia, de um mutirão contra o mosquito Aedes aegypti, a fim de evitar mais casos de dengue, zika e chikungunya. A população deve se dirigir a uma das 126 unidades de saúde para receber folhetos e orientação sobre como combater o mosquito – “e também um lanchinho”, segundo o prefeito. A iniciativa é até louvável, mas o que causa estranhamento é que Crivella não citou, em nenhum momento, os protestos feitos por familiares de policiais militares em grande parte dos batalhões da cidade.
Tá bem que essa batata quente é de responsabilidade do governador Pezão, mas, até essa quinta, cariocas temiam que o movimento dos parentes de PMs impedisse sua saída às ruas e tivesse, como consequência, um caos semelhante à falta de policiamento no Espírito Santo. Aliás, nada garante que as manifestações permaneçam pacíficas – mas o prefeito parece viver numa cidade paralela, em outra dimensão, descolada do Estado em falência governado pelo Pezão.
A propósito, não basta o esforço individual do cidadão para o combate ao mosquito: tem sempre quem não cumpre a sua parte e, para isso, a Prefeitura tem que fazer uma fiscalização atenta, inclusive nos locais abandonados.