Durante sua carreira, o músico argentino Astor Piazzolla sempre foi questionado sobre o gênero de composições que fazia, se eram tango ou não. Piazzolla costumava responder que era música contemporânea de Buenos Aires e é o seu lado jazzístico que vai ser destacado no recital do grupo Corda, dia 3 de fevereiro, às 20h, na Sala Cecília Meireles.
Mas, em vez do bandoneon, quem entra em cena é o violoncelo. O repertório de Piazzolla foi todo adaptado para a formação do Corda, que inclui o piano de Ana Beatriz Azevedo, o contrabaixo de Lipe Portinho, a bateria de André Tandeta, o violino de Nikolay Sapoundjiev e o violoncelo de Emília Valova.
O compositor nascido em Mar del Plata, filho de italianos, também teve uma forte formação erudita: seu professor de piano, quando criança, foi o húngaro Bela Wilde, discípulo de Rachmaninoff, e sua professora de harmonia foi a francesa Nadia Boulanger. O Corda vai executar várias obras conhecidas do autor, incluindo a que é considerada sua obra-prima, “Adiós Noniño”.
Abaixo, Verano Porteño, na interpretação do Corda