“Que calor!”, “Que forno”, “Que sauna”. Não, ninguém aguenta mais ouvir esse tipo de frase. Essas palavras estão cansadas, esgotadas, exauridas de tão usadas – coitadas! Num encontro de dois amigos em supermercado do Leblon, nesta terça-feira (03/01), ela disse: “Não me beija, estou suada”; ele: “Não quer meu beijo? Suados estamos todos”; ela: “Suada mesmo, estou saindo da academia; ele: “Atualmente isso não muda nada, com ou sem academia”.
Andando pela Dias Ferreira e em três encontros, com pessoas tão diferentes, as mesmas frases foram repetidas. Os cariocas estão não só suados como também exaustos de ouvir essas reclamações, e sem ter o que dizer para ser um mínimo original. O calor é uma autoridade por si em nossa vida – chega e se impõe, mudando o figurino e, às vezes, o humor. Com as promessas de o verão ser menos quente do que nos dois últimos anos, pelo fenômeno La Niña, até aqui, estamos esperando; só tivemos dias escaldantes. Às vezes, os termômetros nem marcam 40ºC, mas a sensação térmica parece maior, provando que aos regulamentos da natureza ninguém está imune. Vamos aos mergulhos no mar azul carioca!