Presidente da Super Rádio Tupi até 21 de dezembro – quando renunciou ao cargo – Maurício Dinepi desmente os rumores de que a rádio teria sido vendida ao empresário Paulo Masci de Abreu, dono da Rede Mundial de Comunicações. Embora não tenha mais nenhum vínculo com a Tupi, Dinepi permanece como um dos 22 membros do Condomínio Diários Associados, terceiro maior conglomerado de mídia do país. Por esse motivo, ele afirma: “Se a Tupi tivesse sido vendida, eles me diriam”. Ainda segundo Maurício, Abreu é dono de 30% das ações da Tupi há cinco anos, mas está sendo processado pelo Condomínio por uso indevido do nome da rádio.
Sobre o seu pedido de demissão, o executivo conta: “Não vi nenhum apoio ao Rio, à minha vontade de fazer a rádio sobreviver”. Para Dinepi, a atual situação de crise poderia ter sido evitada se, em abril de 2012, os Diários tivessem fechado o Jornal do Commercio, o que só veio a acontecer em abril de 2016. “Naquela época, o jornal já estava começando a dar prejuízo. Com o fim do jornal e a venda do prédio da rua do Livramento, podíamos ter pago a todo mundo e ainda manter as rádios Nativa e Tupi, mas fui voto vencido”.
Os 150 funcionários da Tupi estão em greve por período indeterminado desde o dia 27 de dezembro. Nesta quinta (05/01), faz cinco meses que eles não recebem salário – também não receberam o 13º salário de 2015 nem o de 2016.