Por que as pessoas vão ao teatro? Para ouvir histórias, ver atores “globais”, se identificar com as emoções. E quando a peça não tem história com começo, meio e fim, nem atores de tevê e, aparentemente, não nos faz chorar e nem rir? E quando acaba, você bate palminhas e diz, “poxa, eu vi um dos melhores espetáculos do ano!” “Imagina esse palco que se mexe” faz isso, e muito mais, com a plateia.
Uma ideia experimental do diretor Moacir Chaves a partir das memórias do astrofísico João Ramos Torres de Mello Neto, professor titular da UFRJ, que desenvolve o projeto Vamos falar da Física. São quatro atrizes, Elisa Pinheiro, Karen Coelho, Luísa Pitta e Monica Biel, que representam/conversam/reencenam/intermediam histórias de infância, recortes do cotidiano, princípios da ciência.
“A peça é em caráter experimental, como na realidade qualquer teatro é experimental e essa é uma relação que a gente tem que entender em teatro, principalmente. Para fazer experiência, tem que aprender. Porque é esse o percurso. E os cientistas estão correndo atrás do sentido da vida, então vamos fazer teatro sobre isso. Uma experiência de teatro”, diz Moacyr Chaves.
Para o roteirista Chico Vereza, a essência do teatro é o ator. Em “Imagina esse palco que se mexe”, as quatro atrizes são magistrais em recitar fórmulas de Física, em transformar em piadas situações difíceis. E o roteiro, ao desenvolver as metáforas entre buraco negro, experimento, personagens da Física com os sentimentos da vida, nos emociona por apresentar que os princípios, mesmo os mais incompreensíveis, são capazes de mostrar que a Aventura de Viver é um percurso com leis. E por mais difíceis que sejam, e complicadas, nos fazem rir e chorar. Afinal, a vida, como o palco, se mexe.
Foto: Bruna Thimótheo
Serviço:
Sesc Copacabana
Terças e Quartas às 20h