O assunto no Rio é o show da Grace Jones: a cantora, dona de corpo inacreditável para 68 anos (sim, 68), cantou sete músicas em duas horas (sim, 7), fumou maconha no palco (sim, fumou), dada por alguém da plateia, onde ela já entrou, digamos, bem desaprumada. E muitos outros sins: Grace insinuou uma cena de masturbação em cena, com seu tapa sexo transparente deixando a xoxota praticamente toda à vista – isso, depois de aparecer de mão cortada no camarim. Alguns fãs pareciam meio putos com a situação, pra falar claro.
E, por fim (fim para uns, menos pra ela), Grace não queria sair do palco de jeito nenhum; aliás, foi a última a deixá-lo, depois de todos os músicos. Durante a apresentação, a artista, de quase sete décadas, deixou muita gente perplexa de como conseguir ter aquela pilha toda: ajoelhava-se, mexia-se, não parava. Muitos pagantes acharam o show até meio chato; outros, fãs absolutos, defenderam que tempo (entre as músicas) está sob o comando do artista. Nas redes sociais, está faladíssimo. É o caso dos organizadores do BacktoBlack, que a trouxeram, contratá-la para a próxima edição, certamente, vai ser lotação esgotada – para aquela a quem muitos se referem como “uma força da natureza”. Fato é que Grace foi abençoada com uma das vantagens de ser negra: músculos incríveis, muito mais vigor e a generosidade do Universo com a cronologia. O espetáculo mais ousado visto por ali, Grace Jones tirou a virgindade da Cidade das Artes!