A jornalista Ruth de Aquino deixou sua carteira num dos táxis amarelinhos, quando foi ao lançamento do livro de Joaquim Ferreira dos Santos na livraria Travessa, esta semana, com dinheiro, identidade e cartão de crédito. Ao perceber, voltou à calçada para, quem sabe, ter a máxima sorte de achar. Ao vê-la com cara quase desolada, o (Thiago) Peixoto, orientador de táxis do Shopping Leblon, quis saber o que ela procurava. Nessa hora, ela pensou: “Ah, por que não peguei um Uber? E tudo estaria a salvo!”
Na fila da livraria, Ruth ligou para o banco e cancelou o cartão como qualquer brasileiro faria – como não somos, por exemplo, suecos, era preciso. Ao sair, horas depois, o Peixoto veio correndo atrás da jornalista. “O taxista voltou aqui e deixou sua carteira. Entreguei no concierge do shopping; pode pegar lá. Eu estava com medo de não estar mais aqui quando a senhora saísse”, explicou. Ruth queria agradecer, mas não tinha informação nenhuma, apenas que o motorista se chama Tiago. “Enquanto houver Tiagos e Peixotos, há esperança”, disse ela, num trocadilho com o nome do livro “Enquanto houver champagne, há esperança”.