Dava pra perceber um ar feliz e alegre na Livraria da Travessa do Shopping Leblon, nessa quinta-feira (03/11), no lançamento de “Enquanto houver champanhe, há esperança” (Editora Intrínseca), de Joaquim Ferreira dos Santos. Era como se tivesse baixado o clima do Zózimo Barrozo do Amaral, o biografado, jornalista que teve coluna por quase 30 anos no Jornal do Brasil e no O Globo. Só faltou mesmo o Zózimo em pessoa: muitos dos seus amigos (alguns contemporâneos), conhecidos, família e, claro, jornalistas de todos os perfis.
O champagne ficou só no título, digamos assim, mas a editora serviu um bom espumante – a torto e a direito – o que já é um certo passo. Na maioria das noites de autógrafos, a gente se depara com um eventual vinho tinto, muitas vezes, morno.
No abertura do livro, Ricardo Boechat dá essa definição: “No fundo, Zózimo foi um verdadeiro anarquista, um Groucho Marx, que observava com elegante desdém o grand monde que circulava em sua coluna. Ele sabia aproveitar o que esse mundo tinha de gostoso, no sentido do tato e do paladar, mas não o reverenciava, não era seu escravo, não era um devoto”.
Num grande vaivém, foram vendidos 250 exemplares ali na hora, ou melhor, nas cinco horas de autógrafos – alguns já chegaram com o livro em mãos. Uma verdadeira multidão foi reverenciar Joaquim. Passar tantas horas na fila, pode ser considerado uma declaração de amor. É ou não é? Veja fotos na Galeria.