Nesta semana, a Casa Cor fica mais animada com a mudança de tema na sala de jantar de Gisele Taranto. A arquiteta, que vai mudar o tema da decoração várias vezes até o fim da Casa Cor, convidou a curadora Vanda Klabin para ajudar na ambientação sobre sexo. Vanda selecionou obras de arte com viés erótico – estão na sala objetos de artistas contemporâneos que têm relação com desejo, prazer, emoções e amorosidades. A surpresa vem do diretor do Museu Vale, do Espírito Santo, Ronaldo Barbosa. O designer e arquiteto fez uma série de desenhos e, não satisfeito, ainda criou uma historinha para cada um. Gisele vai postar na sua página do Face os texto explicativos do autor para os desenhos. Aqui, selecionamos três:
O autor dá o contexto: “Este desenho é um ‘hard sex’, um sexo forte, poderoso e eloquente entre uma perua interessante e um garotão surfista potente. Essa transa se passa num tapete persa e a perua deixou sua bolsinha Prada do lado, ali em cima do tapete”.
Fala o designer: “Isso aí é a clássica de duas em um, aonde está acontecendo uma coisa muito sexualizada mesmo, muito sexo, muito tesão, muito desejo e a coisa está rodando, fluindo entre os três de uma maneira muito boa, de forma que o negócio é tão intenso que pedaços do corpo, das bundinhas, dos peitos começam a se deslocar, a se soltar dos corpos na imaginação deles, nesse redemoinho de carne e prazer”.
Continua o designer: “Este desenho é um sexo a três entre um casal de gays e um travesti, eles estão na casa do travesti, que tem uma coleção de abajures de pé. O rapaz do meio, como vocês podem ver, está depilado como todos os rapazes de academia agora. Está beijando seu companheiro, dando um sarro nele, e o travesti está tentando, de certa forma, se encaixar nessa transa em pé, aonde todos estão calçados – os garotos, com seus tênis de academia”.
O artista tem o pensamento livre como seus desenhos: “Penso que o sexo é a maior fonte de troca de energia e prazer do ser humano. Deveria ser natural, mas as religiões, a sociedade, o preconceito e o conceito do amor romântico fizeram do sexo algo culposo e difícil. A psicanálise esclareceu os complexos desejos da natureza humana. E é assim que devemos seguir, livres, respeitosos com o outro, sem amarras e medos”, conclui Ronaldo.