Se existisse audiência nas fazendas, Luiz Fernando Carvalho, diretor de Velho Chico (cujo último capítulo é nesta sexta-feira, 30/09), saberia que essa novela fez todos se sentirem homenageados, pela fidelidade, pela poesia, pelo elenco, por tudo, com ibope lá no céu: azul, como do Sertão. Perguntado, um fazendeiro da Bahia, onde se passa a história na ficção, disse: “Velho Chico mexeu com todo mundo, mesmo com aqueles que jamais viram uma novela” – está falando de si, dos amigos, conhecidos, vizinhos….. Muitos deles se sentiram praticamente personagens da trama.
Engana-se quem pensa que não existam coronéis, talvez nem tão coronel quanto Saruê (personagem interpretado por Antonio Fagundes, impecável, como de costume), mas há um pouco deles até nas mais “sofisticadas” fazendas. O coronelismo ora dorme, ora acorda! E, desde que começou “Velho Chico” seguiu esse filme diário na vida de todo mundo, até que veio a morte do Domingos Montagner, deixando o País inteiro arrasado e acrescentando esse item à história do rio São Francisco.