Não percebemos que a pretensão do homem o induz ao julgamento, separando, excluindo, fragmentando e bloqueando a beleza da dança da Vida! Não percebemos que, enquanto estamos no passado, ou no futuro, ou vivendo apenas dentro de nossa própria cabeça, estamos mortos… Não percebemos que, no seio da mata, no oceano profundo, no interior de um lar, ou num punhado de areia, a vida pulsa de forma interminável. Não percebemos que a mistura do fogo com a água, o ar e a terra gera a dança da transformação contínua, e nada deixa de existir, apenas se transforma em mais tipos de existências únicas também criativas.
Não percebemos que cada criação tem o potencial criativo para gerar outras com o mesmo potencial, que geram outras mais, muitas mais… Não percebemos que a vida é algo que preenche tudo, sabe tudo, aceita tudo, está em tudo, cria tudo… Não percebemos que, quando nos permitimos uma pequena entrada no presente, é como se um véu fosse sendo levantado devagarzinho, revelando milhares de pontos de vista inesperados, todos vastos e promissores na construção de um mundo melhor.