O depoimento de Dori Caymmi, nessa quarta-feira, para a série Posteridade do Museu da Imagem e do Som foi um dos mais divertidos e informais dos últimos tempos. O compositor, que tinha entre os entrevistadores no auditório da Praça XV o irmão Danilo Caymmi, lembrou o tempo todo de histórias curiosas e familiares.
Ele contou: “Danilo é a cara de papai (nota do site: Dorival Caymmi), brincalhão, debochado. Já eu e Nana saímos como a mamãe, mais na nossa”. E completou: “Eu tinha muita cerimônia com o papai. Não era que nem Danilo, que debochava dele até velhinho, apertando suas bochechas e dizendo que ele ainda ia gravar um funk”.
Dori, que mora desde 1989 em Los Angeles, não considera os EUA sua casa. Várias vezes, no depoimento, ele disse que mora no Rio. E que sua mãe, Stella, nunca o deixaria “se mudar de vez” para tão longe. O compositor também falou sobre seu trabalho de produção: “Gosto do trabalho atrás das cortinas, da coisa estética, de arranjar, de orquestrar. Não gosto de cantar, tenho receio, não acho que canto bem”.
Participaram da mesa de entrevistadores Edu Lobo, Joyce Moreno, Paulo César Pinheiro, Rosa Maria Araújo, presidente da Fundação Museu da Imagem e do Som, e Hugo Sukman, curador da nova sede do MIS, em Copacabana.