O Theatro Municipal do Rio estava lotado para o 27º Prêmio da Música Brasileira, nesta quarta-feira (22/06), apresentado pelos atores Dira Paes e Júlio de Andrade, nesta edição homenageando Gonzaguinha. Não há quem não tenha ficado impressionado com a semelhança entre o ator Júlio Andrade, que viveu o compositor no filme “Gonzaga – Pai e filho”, em 2012) e Gonzaguinha, no físico, no olhar, nos gestos. Gilberto Gil, se tratando de uma insuficiência renal, não apareceu. O artista tocaria “Galope” com Lenine e João Bosco. Foi daquelas noites onde tudo deu certo, principalmente para Zélia Duncan, a grande vencedora, entre as 16 categorias.
A participação de três dos quatro filhos de Gonzaguinha, Amora Pêra, Daniel Gonzaga e Fernanda Gonzaga, foi um dos pontos altos da noite, cantando “Redescobrir” “Nossa luta é também a nossa festa. A nossa festa é, sim, ocupar, resistir, vamos lá fazer o que virá”, disse Amora, num tom de protesto – marca registrada do pai.
Sandra Pêra, segunda mulher de Gonzaguinha, ficou num camarote com o genro. A filha caçula do compositor, hoje com 33 anos, Mariana, que não é artista, assistiu aos irmãos da plateia, ao lado da mãe, Louise Martins, e com os filhos de seus irmãos. “Todo mundo se dá, são todos família”, explica Sandra. A atriz só sentiu falta de músicas mais alegres e românticas do compositor, como “Feijão” e “A felicidade bate à sua porta”. “Ele fez essas para as Frenéticas, mas entendo que não daria para mostrar”, acrescenta.
“Foi muito bom o roteiro da Zélia, contando toda a história do Gonzaguinha. Para quem gostou muito dele, foi uma noite linda”, finalizou.