Durante o discurso na Organização das Nações Unidas (ONU), nessa sexta-feira (22/04), em Nova York, no acordo do clima de Paris, quando o país inteiro esperava que a Presidente falaria no impeachment como um golpe, ela cumpriu o seu papel, digamos assim, falando de questões ambientais. Chamada aqui no site de “correta” – muitos discordaram. Mais tarde, porém, em entrevista aos jornais americanos, voltou ao ataque, novamente encarnando o papel de “vítima inconformada de golpismo”. Aí, sim, quem falou com as próprias palavras foi a Dilma Rousseff real, “contida” pela grita daqui, antes de viajar. O receio geral era que ela cumprisse o que tinha em mente: usar a ONU para expor um problema político interno do nosso país e, com isso, fazer-se de vítima aos olhos do mundo, ou seja, buscando um apoio internacional. Ninguém seria louco em acreditar nas palavras de uma presidente que jogou nossa economia num poço sem fundo, trazendo com isso todas as consequências daí advindas: desemprego nunca visto, violência assustadora, saúde abandonada, educação sem perspectivas, falta de credibilidade dos investidores estrangeiros, desesperança generalizada no coração dos brasileiros… Dilma se sentiu fortemente fiscalizada pela opinião pública, então recuou, não podia fazer aquela insanidade. Sentiu o ridículo a que se exporia, e aceitou a mudança do discurso. Haja vista a situação em que se encontra o povo do Brasil, este, sim, traído de forma premeditada. Quantas inverdades disse na campanha, e fez tudo ao contrário assim que tomou posse? Golpe é isso. Em Nova York, obviamente, a Presidente foi orientada pelo Antonio Patriota, que entrou em ação para ela não falar impropérios contra a Justiça do seu país. Quem escreveu o sóbrio discurso? Ali tem o dedo de um diplomata experiente, tenham certeza.