Presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, uma espécie de ministro da Cultura do Vaticano, o cardeal Gianfranco Ravasi vem ao Rio, na próxima semana, para comandar o “Pátio dos Encontros”, evento que tem por objetivo incentivar o diálogo entre crentes de várias fés e os não crentes, usando a cultura como ponte. A expressão “Pátio dos Encontros” vem de “Pátio dos Gentios”, uma área do antigo Templo de Jerusalém aberta a quem não era judeu.
Considerado o guru pop da Santa Sé, o italiano Ravasi é um intelectual respeitado e conectado – ele vive postando no Twitter. No Rio, o cardeal almoça, na quarta-feira (06/04), com lideranças da Firjan. À tarde, tem um encontro, no Palácio São Joaquim, com presidentes de escolas de samba e carnavalescos, liderados por Jorge Castanheira, presidente da Liesa.
Na quinta-feira (07/04), o religioso debate o tema “De onde vem a minha ética?” no Theatro Municipal, com Nélida Piñon, Muniz Sodré e Arnaldo Niskier. Nesse encontro, o show vai ser de Maria Bethânia, dirigida por Ulysses Cruz. A escolha de Bethânia é uma prova da nova abertura da Igreja Católica: cantora de repertório sincrético, de louvores a Nossa Senhora e de canções com temas do candomblé, seu nome foi aceito por unanimidade.
Na sexta-feira (08/04), o cardeal encerra sua agenda carioca com um encontro com professores universitários na PUC e com estudantes e crianças no Museu do Amanhã.