A varanda do Copacabana Palace é um camarote para ver o espetáculo dos fogos de Copacabana (este ano, com dois temas: o centenário do samba e as Olimpíadas). Como sempre, Eduardo Paes passou a virada lá. Este ano não ficou aquela dúvida: o prefeito vai ou não descer para o meio do povo, como já aconteceu? Não existia essa possibilidade, Paes estava em cadeira de rodas, como falamos aqui, desde a festa de Natal da Prefeitura.
Antes do espetáculo, Zeca Pagodinho chegou a ficar alguns minutos sozinho na pérgula, antes da família vir acompanhá-lo. Muitos estrangeiros não sabiam de quem se tratava. Já os brasileiros ficavam com conversinha de pé do ouvido sobre o cachê do artista (R$800 mil): “Quanto vai custar cada verso cantado por ele?”. Havia também os favoráveis: “É um grande sambista e tá trabalhando na noite de réveillon!” e, ainda, algumas palavras impróprias. Mais tarde, no que Pagodinho sacou o microfone, parecem ter esquecido qualquer controvérsia.
As emoções, principalmente com os cariocas, não são furtivas, ainda mais numa noite importante para a cidade, quando dois milhões de pessoas vão a Copacabana. Se você parasse um minuto e reparasse na maioria daqueles rostos, os olhares sonhadores chamavam a atenção – principalmente quando, a toda altura, surgiu a música tema do filme Carruagens de Fogo – iluminados pelas 24 toneladas de fogos, vindas das 11 balsas. De deixar arrepiado até os depilados – a cidade está superlotada de gays no mundo todo, com seus bíceps inacreditáveis, muitos à vista.
Apoteótica também foi a queda de Jorge Ben Jor depois do seu show na praia, já em direção à passarela do Copa. Voou tudo que ele estava nas mãos, inclusive sua mochila, menos os óculos escuros! Veja fotos (do Miguel Sá) na Galeria.