Muitos leram que o francês Romaric Büel, ex-adido cultural do Consulado da França, louco pelo Rio, morreu no último sábado (23/01), em casa, na Rui Barbosa, no Flamengo. Sofria de depressão há algum tempo. Como acontece sempre, o número de arrasados, lamentadores, enlutados, é muito grande. Pergunta se alguém fez alguma coisa por ele? Os agora queixosos das redes sociais apareceram? Os tantos amigos deram as caras em algum momento? Não! Parece que a maioria acha que uma frase no Facebook ou no Instagram, elogiando, é mais do que suficiente.
Mas agora não adianta mais. Desde que perdeu Lily Marinho, maior de suas amigas, essa sim, Romaric ficou abaladíssimo. Segundo consta, desde então sua tristeza cresceu, cresceu, cresceu até porque devia ter consciência da importância de um amigo de verdade, que deu a sorte de ter. Outro com quem contou foi o arquiteto e urbanista Washington Fajardo. Agora, pergunta, se quando ele estava “por cima”, tinha ou não centenas de amigos? Não precisa perguntar, você sabe a resposta.
Morador do Rio há mais de 20 anos, Büel organizou importantes exposições internacionais no Brasil, trazendo obras de artistas como Monet, Dali, Degas, Rodin e Picasso. Veio morar na cidade carioca em 1993 como adido cultural do Consulado da França, mas depois dos cinco anos no cargo não quis mais ir embora. Também foi importante personagem da organização do Ano do Brasil na França, em 2005, e do Ano da França no Brasil, em 2009.