Cerca de 20 funcionários, dos 220 da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos que estão desde outubro sem receber salário, aí incluído o 13º, voltaram a pendurar suas contas na grade do prédio da Central do Brasil, onde funciona a SEASDH, na manhã desta quarta-feira (27/01). Na segunda e na terça eles já haviam feito o mesmo protesto, mas nesta quarta-feira avisaram que o próximo vai ser em frente ao prédio onde mora o Pezão, em Laranjeiras, perto do carnaval. “Queremos fazer uma vigília em frente à casa do governador para que todos os turistas que estão chegando vejam e ele se sinta bastante constrangido”, disse a assistente social Dayana Gusmão, funcionária do programa Rio Sem Homofobia.
O programa Rio Sem Homofobia, que trata dos direitos da população LGBT, foi, aliás, um dos mais atingidos: dos 80 funcionários, 65 foram dispensados e só os casos de denúncias de homicídios estão sendo atendidos. A prevenção contra HIV-Aids que era feita na época de carnaval, envolvendo toda a equipe de trabalho, que não tirava folga, não vai acontecer desta vez. Camisinhas não vão ser distribuídas e nem será dada orientação para quem se descobre soropositivo.
Outros programas da SEASDH também foram muito afetados: na Rede de Atendimento à Mulher em Situação de Violência, a falta de policiamento, por falta de pagamento, está deixando funcionárias e mulheres abrigadas em pânico – todas temem que as vítimas acabem sendo atacadas novamente pelos agressores. Também não estão funcionando o Centro de Promoção da Liberdade Religiosa, a Subsecretaria de Política para Mulheres e a Casa de Direitos.