Depois de uma briga na pista de dança da Pink Elephant, na Barra, nessa madrugada, quem estava por perto também foi atingido. Dois universitários, de 18 anos, Gabriel e Guilherme (eles não querem os sobrenomes) levaram sobras da confusão e um deles foi jogado no chão pelos seguranças – o primeiro teve o pescoço tão apertado, que desmaiou. O segundo, foi socorrer o amigo e, na sequência, atirado na rua. No meio da desordem, os computadores foram quebrados e ambos avisados que dali só sairiam se pagassem as quatro máquinas. Nesse clima, Gabriel foi carregado para uma sala escura – o ambiente foi filmado depois por uma pessoa da família.
Quando os pais de um dos rapazes chegaram, a mãe, enfurecida, se disse chocada principalmente com a porta de saída, trancada a cadeado (veja na foto) para ninguém ir embora sem deixar a conta pra trás, segundo ela. E acrescenta não ter como deixar de lembrar o caso da boate Kiss, em Santa Maria, Rio Grande do Sul, há três anos, quando mais de 200 pessoas morreram depois de um incêndio, por não terem como escapar. Com o dia clareando, todos foram prestar depoimento na 16ª DP, na Barrinha, e fazer exame de corpo de delito, sob o Boletim de Ocorrência número 016-00956/2016, inclusive Rafael Branco, gerente da Pink.
Tentamos contato com duas pessoas, segundo consta, um sócio e uma sócia da boate – até este momento, nada. Obviamente, pra ouvir todas as versões.
A Pink Elephant é a mais frequentada pelo público carioca que gosta de sertanejo universitário – e não são poucos os fãs do gênero.