Podemos pensar no tempo da delicadeza. Ou em um tempo que certo era se apaixonar sem interesses. E que pai tinha autoridade sobre filhas. E que filho preferia trabalhar duro do que aceitar a interferência do pai em sua escolha amorosa. Era uma gente direita, trabalhadora, honrada. Esse é o quadro de “A Noiva do Condutor”, uma opereta de Noel Rosa, com o humor, a inteligência e a harmonia do gênio de Vila Isabel.
Com Isabela Bicalho (a noiva Helena), Marcelo Nogueira como o namorado Joaquim, e Rodrigues Fagundes como o pai autoritário, a peça mistura os trechos da opereta com outras canções de Noel para fazer o relato completo da época. Isabela é uma jovem apaixonada sem exageros e com um meneio de corpo totalmente adequado à época do texto. Rodrigo faz um pai caricato, mas sem ser exagerado, cantando e dançando como o papel exige. E Marcelo é o condutor da ação com muita firmeza.
A força de Noel está inteira em “A Noiva do Condutor”. Os temas mais constantes, a mentira, a perda, o dinheiro (a falta e o mal adquirido), o samba e o amor, assim como os variados ritmos brasileiros formam a estrutura que nos faz reviver Noel , sinalizando ao mesmo tempo para os valores do século passado e para a contemporaneidade de sua obra.
Serviço:
Centro Cultural dos Correios
Sábado e domingo às 19 h
Pra ficar em paz e com tranquilidade
Sensação importante no momento em que vivemos é o que nos traz “Brimas”, com duas sessões, no domingo, no Midrash. A história do encontro de duas senhoras imigrantes vindas do Egito e do Líbano, uma judia e outra católica, para o Rio de Janeiro, no século XX , nos emociona ao mostrar que, mesmo com diferenças, pode-se ter união.
Serviço:
Domingo (13/12), às 18h e às 20h