O réveillon do Arpoador, criado há 17 anos pelos artistas plásticos Vik Muniz, Ernesto Neto, Adriana Varejão e pelo produtor de festas William Vorhees, este ano não terá a camiseta dos participantes. Em vez dela, um lenço branco, para as pessoas escreverem os seus desejos. “Quem estiver sem lenço e sem documento, no último dia do ano, e quiser comemorar na praia, pode aparecer”, diz o designer Marcus Wagner, que também faz parte do grupo. A festa do dia 31 é conhecida, internamente, como “A virada do elefante”.
O grupo adotou até um mantra: “SA —(Força, Senhor) —RA (Reinar, Movimento) —VÁ (Natureza, Energia).Explica Marcus: “Saravá significa, então, a força que movimenta a natureza. Esse termo do candomblé é um mantra que pode fixar ou dissipar determinadas vibrações, não sendo, portanto, aconselhável pronunciá-lo sem a devida necessidade”.
Que não é para ser pronunciado em vão, está perfeitamente entendido – mas que 2016 está precisando de muito saravá, isso está.