A passagem está no livro “Cabeleira do Zezé e outras histórias” ( editora Vitale), de João Roberto Kelly e André Weller, que vai ser lançado nesta quarta (16/12), às 18h30, no Bar Garota de Copacabana. Quem conta é Boni,ex-vice-presidente de operações da TV Globo, que assina a quarta capa do livro: “Uma noite, no bar Rond Point, tomei um uísque rápido e fui para São Paulo deixando o Kelly com o Antonio Maria e uma das namoradas (eram muitas) do Kelly. Na época, os malditos celulares ainda não haviam chegado. Na manhã seguinte, o telefone tocou na minha casa. Era o Kelly. “Boni, o Antonio Maria morreu. Saiu logo depois de você. Não se sentia bem e foi dormir. Morreu no hotel”.
Segue a história:”Enquanto eu viajava de volta, o João Roberto Kelly criou um emocionante programa de televisão para homenagear o velho Maria. Kelly é um príncipe. Sou seu admirador incondicional”, finaliza Boni.
Kelly, aliás, é muito mais que só o criador dos vários sucessos de carnaval como “Maria Sapatão”, “Mulata iê-iê-iê”, “Israel” (c/ Carlos Gonçalves dos Santos), “Joga a chave meu amor” (c/ J. Rui), “Pacotão” e a conhecida “Cabeleira do Zezé” (c/ Roberto Faissal). Kelly também foi gravado por Elza Soares, Elizete Cardoso, Cauby Peixoto, Emílio Santiago e até por uma Elis Regina em início de carreira, na música “Pororó-poró”.