Enquanto o Itamaraty não resolve a delicada questão do credenciamento, ou não, pela presidente Dilma, do empresário Dani Dayan como Embaixador de Israel em Brasília, o argentino naturalizado israelense vai aguardando a decisão, que se arrasta desde agosto, ainda com bom humor. No seu Twitter, Dani escreveu nesse domingo (27/12): “Chegou a hora de começar a fazer um balanço de 2015. Obtive conquistas impressionantes. Em janeiro consegui não me tornar parlamentar e em dezembro consegui não me tornar (por enquanto) embaixador”. Essa já foi a terceira tentativa de Dani se eleger para o parlamento israelense.
A recusa do Ministério das Relações Exteriores estaria no fato de Dayan ter sido presidente, entre 2007 a 2013, do Conselho Yesha, que representa 500 mil colonos israelenses na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental – o Brasil não aprova a existência desses assentamentos. Na definição de uma brasileira que mora em Israel e conhece o empresário, ele está sempre bem-humorado, é engraçado e simpático. “É que nem um petista que não gosta das ideias de um tucano, mas vai tomar chope com ele”, compara — deixando a questão ideológica de lado, é claro.