Ninguém nunca viu nada igual em lançamento de livro como “No Fio da Navalha” (Editora Record), de Luis Erlanger, sobre a vida de José Junior, fundador e coordenador-executivo do Grupo AfroReggae. A fila, por um lado, torturante; por outro, maravilhosa. Será que nunca alguém vai inventar uma maneira para resolver as noites de autógrafos superlotadas, como foi a do Erlanger? Pelo menos até aqui, zero soluções à vista. Ficar duas horas numa fila, isso falando de gente ocupada, conhecida, cujos minutos são preciosos (digamos assim), foi o que aconteceu, em mais de cinco horas ininterruptas.
A Livraria da Travessa lotou e o lado de fora, também, ao ponto de alguns saírem pra comprar presentes de Natal, com uma boa lista, voltar e ali permanecer mais um bom tempo. E com um detalhe: o autor e jornalista não faz o perfil “botar a vida em dia” ao ver alguém a quem não encontra há tempos, conversando, enrolando, como certos autores — de jeito nenhum. Tem noção das coisas e é breve nas dedicatórias. Olha o que disse Carlos Andreazza, da Record: “Nunca, na minha vida de editor, em mais de 15 anos de carreira, vi um lançamento como este. O maior da Record em 2015, certamente. José Júnior e Luís Erlanger levaram mais de 500 pessoas à Livraria da Travessa”. Você já viu editor dizer isso antes? Quanto ao Aécio Neves, um dos convidados, foi cumprimentado, beijado, abraçado, incomodado (mas, adorando, claro) por muita gente. Veja fotos na Galeria.