O livro “Pensão Margaridas”, lançado nessa segunda-feira (16/11), na Travessa de Botafogo, conta a história do carioca João Vasconcellos, que viveu trancado em clínicas, mas sem ser doente. João era dependente químico, bebia e cheirava. Por cinco anos, tomou remédios contra um diagnóstico errado de esquizofrenia-paranoide, quando foi internado na “Pensão Margaridas” (clínica psiquiátrica), no Rio.
O autor, comerciante e empresário, saiu da clínica quase três anos depois (aos 36 anos); atualmente não toma remédios e leva uma vida como a das outras pessoas. Pensa: a internação de um jovem normal em uma clínica para doentes mentais, por quase mil dias.
O livro concorre ao Prêmio Jabuti- 2016, na categoria romance, e foi um maneira de o autor mostrar aos médicos e enfermeiros que é preciso saber como ser mais humanos no tratamento de doentes mentais – além de contar sua história. Antes de morrer, o poeta Ivan Junqueira escreveu um curto texto, encontrado em manuscrito, usado como prefácio.