“Quantos rios ainda vamos matar?” Essa frase amanheceu pichada pertinho do Rebouças, por coincidência, perto da Lagoa Rodrigo de Freitas, uma extensão de água tão importante e representativa para quem é carioca, atraindo nossos olhares e de turistas no dia a dia. Uma criança da favela Vila Canoas (São Conrado) falou recentemente de seu sonho em conhecer aquele espelho d´água, a ele, tão distante e, para nós, tão próximo – e pouco valorizado. Que rio seria esse do pichador? O Doce? O Carioca? Não importa o curso do rio, talvez venha a dar na mesma. Falando sobre o assunto, Sebastião Salgado, fotógrafo e ambientalista, disse ao jornal “O Globo”, semana passada, em entrevista a Arnaldo Bloch: “As pessoas gritam porque polui, mas têm seus carros. Quem polui mesmo somos nós; é o nosso modo de vida. É esse modelo que temos que questionar.”