Um corretor de imóveis, chamado Arcanjo, está ligando para as pessoas citadas no livro “Sociedade Brasileira” para oferecer um lançamento na Barra, o Riserva Golf, da RJZ Cyrela. Até aí, nada de ilegal ou condenável, não fosse ele se dizer amigo de Lourdes Catão, que comanda a publicação do livro e é pessoa querida na sociedade carioca.
Quem deu o alerta foi Belita Tamoyo, que foi acionada pelo tal corretor. Avisada, Lourdes pediu que seu motorista ligasse cobrando satisfações, mas o corretor desligou no meio da conversa, assim como tinha feito quando Belita telefonou para dizer que tinha descoberto a mentira.
Perguntado pelo site, Arcanjo agora se diz apenas “conhecido” da decoradora e editora. Depois de desfiar todas as qualidades do empreendimento imobiliário, “é próximo ao futuro campo de golfe das Olimpíadas, com vista eterna para a restinga da Barra”, Arcanjo ofereceu até um sobrevoo de helicóptero sobre a área, segundo ele, gratuito.
Lourdes Catão avisa: “Nunca vi esse homem, ele está usando meu nome sem meu consentimento. Não tenho o menor interesse em conhecer esses apartamentos e estou avisando meus amigos sobre essas ligações”.
Não é a primeira vez que o catálogo de telefones e endereços de pessoas conhecidas no Rio é usado indevidamente: já teve gente que ganhou dinheiro fazendo os desavisados acreditarem que basta pagar para ter o seu nome no livro – golpe que deu muita dor de cabeça à viúva do empresário Álvaro Catão na época.