Como arquiteta urbanista, não posso deixar de ficar fascinada com cidades… Suas ocupações sua evolução, etc. Cidades são a nossa casa maior; muitas vezes nem nascemos lá, mas escolhemos determinadas cidades como nossas.
Nós nos identificamos com elas, com seus defeitos e qualidades, e as adotamos com tudo de bom e ruim. Cada cidade tem sua ética cultural e cada cidadão compartilha dessa ética, querendo ou não. Muitas vezes, o sistema compra a legalidade e outras vezes a legalidade compra o sistema. O desenvolvimento das cidades passa por essas condições, assim como sua ocupação. Eu, pessoalmente, detesto a ocupação excludente, aquela que exclui tanto o cidadão quanto a natureza.
Vejo muitas praias com verdadeiras muralhas de prédios, onde nem a natureza, nem o habitante da cidade têm espaço para aproveitá-las. Todos ficam sufocados, natureza e homem. Seria ideal se toda a ocupação respeitasse os limites da natureza e suas fragilidades diante da civilização. Seria um luxo total se o desenvolvimento e crescimento das cidades entendessem seus habitantes e necessidades. Melhor ainda seria educar seus cidadãos a respeitar sua história e os ensinassem a conservá-la.
As cidades nos atraem de forma irresistível para a maioria que está nela. Mas as cidades, na verdade, deveriam nos proporcionar, democraticamente, proteção e acesso a todas as facilidades da civilização moderna. Mas continuamos nela! Então, por que não ajudar a melhorá-la em vez apenas morar nela?
Assim como na nossa casa, a nossa cidade também pede manutenção e muita atenção dos seus cidadãos. Por que não fazer em nossas casas, onde participamos diretamente e ativamente do processo de mantê-la atualizada e conservá-la? Mostro lindas fotos de cidades que eu adoro e, mesmo não morando nelas, sinto que são minhas.
Rio / São …. E outras pelo mundo ..