Todo mundo sabe que Rodrigo Penna, além de ser o cara que criou a festa de maior sucesso no Rio nos últimos tempos, o Bailinho (neste momento, de férias), é também DJ e ator. O artista, em cartaz desde o dia 5 de novembro, com a peça Ideia Fixa, de Adriana Falcão, no Teatro Poeira, anda feliz da vida com a experiência trocada entre plateia e elenco. Veja por quê:
“Como eu passo boa parte da peça nos bastidores, me divirto assistindo às mulheres e aos casais da plateia. O teatro Poeira proporciona uma proximidade com o público muito rara e preciosa – isso tanto do ponto de vista de quem está em cena, como de quem está de fora, como eu, que posso acompanhar tudo, bem pertinho. Vejo muito a namorada que cutuca o namorado quando ela se identifica com algo dito pelas atrizes em cena, belisca, cochicha no ouvido; até cotovelada já vi. Os caras ficam sempre na berlinda. Vejo muito as que vão sozinhas e se sentem mais livres pra poder se emocionar, até chorar mesmo: tiram lenço e tudo, ou gargalham alto. Acompanhadas, elas geralmente deitam no ombro do seus homens, mas chorar mesmo elas preferem sozinhas. Vejo homens disfarçando a emoção, estampada na cara a própria identificação, tanto com meu personagem como com as das meninas. Isto é, abandonados e abandonadores somos todos, em algum momento da vida.
Ideia Fixa é excesso de amor, antes de ser qualquer coisa, até mesmo a falta dele. E tanto em cena como fora, vejo isso acontecer em cada detalhe. Privilégio.”