O cineasta Ivan Cardoso vai ser homenageado nesta sexta-feira, às 20h, na piscina da EAV do Parque Lage com a exibição de seu filme “O bacanal do diabo e outras fitas proibidas”. São 24 curtas produzidos pelo mesmo diretor de “O segredo da múmia” e “As sete vampiras”, entre 1971 a 2013.
Editados de maneira irreverente, com várias cenas pinçadas de documentários e filmes pornôs, formam um filme de mais de 1h de duração, com muitas imagens de xoxotas, vampiros, rock e filmes experimentais. Tem até John Lennon e Yoko Ono, num passeio pela usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu – Ivan acredita que isso aconteceu do lado paraguaio – e um trecho que faz parecer que Bob Dylan está numa orgia, fazendo sexo com várias “brasileiras selvagens”.
“O bacanal do diabo” foi apresentado no início do ano no festival de Rotterdã, quando Olaf Möller, um dos maiores críticos de cinema do mundo, se ajoelhou diante de Ivan. “Se eu sou o maior cineasta vivo, como ele disse, é porque o cinema acabou”, conta o debochado diretor carioca.
Segundo Ivan, ele quis fazer algo parecido com os filmes exibidos pela Pathé Filmes no cinema da Avenida Central, que eram exibidos para as pessoas fazerem hora para outros compromissos. No cartaz do filme, inclusive, o diretor diz que é um filme “para se assistir dançando”. E acrescenta: “ao contrário do cinema brasileiro atual, que é para se assistir dormindo”.