Nesta terça-feira, no Teatro Oi Casa Grande, na entrega do III Prêmio Rio Sem Preconceito, da Prefeitura do Rio e da Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual, o coordenador Carlos Tufvesson vai fazer uma homenagem à atriz e ex-modelo Betty Lago, que morreu nesse domingo.
Betty participou da mais recente campanha do CEDS contra a homofobia, que está sendo exibida na TV. Tufvesson vai exibir o depoimento integral da artista, gravado em junho e editado para o comercial. E mais ele não sabe se terá condições emocionais de fazer: “Não sei chorar bonito”, desabafou. Carlos conheceu Betty quando tinha 14 anos – é filho da estilista Glorinha Pires Rebello, para quem a modelo desfilou. Ele ainda tentou convidar Betty para ser DJ na festa desta terça-feira: passou uma mensagem pelo Face, na quarta-feira (09/09), que ficou sem resposta.
“Betty era multitalentosa, ela fez as trilhas dos desfiles de George Henri, isso na década de 80”, conta Tufvesson, acrescentando: “Ela foi a primeira grande modelo brasileira no exterior, era a musa de Thierry Mugler, Claude Montana e Saint Laurent, já era top antes do termo existir, e antes de Naomi Campbel, Linda Evangelista e Christy Turlington. Não tinha pra ninguém com a ‘Madame Lagô’”, lembra. “A moda brasileira deve respeito a essa profissional incrível”, finaliza.
O Prêmio Rio Sem Preconceito vai homenagear, entre outros, o médico oncologista Drauzio Varella, um dos principais nomes da conscientização da AIDS/HIV no Brasil; Kailane Campos, a menina que levou uma pedrada na cabeça por estar vestida de branco na saída de um centro de candomblé, no Rio; e Fernanda Honorato, primeira repórter com síndrome de Down do país.