Sua origem, muito antiga, está relacionada com as primitivas moradias. As primeiras treliças eram feitas de ossos, cobertas de pele e serviam como habitações. Elas chegaram ao Brasil com a colonização portuguesa e, na arquitetura portuguesa, com a ocupação moura.
Lindas nas janelas, elas serviam para ventilar e proteger do exterior o interior da casa. Na arquitetura colonial, as janelas com treliça eram o local predileto das mulheres que queriam olhar a rua sem ser vistas. Hoje, as treliças modernas têm o mesmo objetivo — protegem com leveza e são perfeitas para casa tropical.
O famoso “Cobogo” é uma derivação da treliça, diferente apenas pela sua composição, já que é feito em blocos de alvenaria, mas é utilizado com a mesma função.
A treliça serve também como estrutura para construções, pois a carga fica nos pontos onde existe a junção das peças. É um elemento que não muda e atravessa o tempo sendo reutilizada nos novos móveis, portas, janela e na nova arquitetura. Uma casa moderna, com formas duras e retas, fica muito mais suave e elegante com treliças compondo sua estrutura; sem falar na associação direta da treliça com a casa tropical.
Como sua origem é árabe, moura, típica de países quentes, os portugueses, sabiamente, deram-na de presente para nós, junto com a arquitetura colonial.
Amo treliça e utilizo-a sempre que posso nos meus projetos.
De diferentes formas e desenhos, tenho total consciência da importância de treliça em um projeto — além da elegância, amo o seu aspecto arquitetônico, que protege do sol e gera ventilação. Além do mais importante: ela é o carimbo da casa tropical!