Numa tarde de 1954, o compositor Billy Blanco, num ônibus em direção a Copacabana, vê a beleza do Aterro do Flamengo pelas janelas e se encanta mais uma vez. A estrofe e um tema musical em homenagem ao Rio são criados na hora. Na Barata Ribeiro, desce apressadamente do ônibus e telefona para Tom Jobim, para que o parceiro anotasse letra e música. Foi dessa maneira, segundo o jornalista João Máximo, que começou a ser composta a “Sinfonia do Rio”, que vai ter um livro sobre ela, com CD encartado, lançado na quinta-feira (21/05), na Arlequim, no Paço Imperial, às 18h.
Para ilustrar a música, mais conhecida pela estrofe “Rio de Janeiro, que eu sempre hei de amar!/Rio de Janeiro, a Montanha, o Sol e o Mar!”, o livro tem fotos da cidade carioca da época e outras atuais, assinadas por Antonio Caetano. O CD contém a gravação original, com arranjos e regência do maestro Radamés Gnattali e músicas interpretadas por Dick Farney, Dóris Monteiro, Lúcio Alves, Elizeth Cardoso, Emilinha Borba, Nora Ney, Jorge Goulart e Os Cariocas, e mais uma nova gravação em 1960, com a mesma base orquestral nas vozes de Maysa, Jamelão e Risadinha. Mais do que o registro de uma composição, revela o cotidiano do Rio em várias décadas, com o contraste de fotos antigas e atuais do mesmo local.