A manifestação neste domingo (24/05) na Lagoa Rodrigo de Freitas, para pedir mais segurança no Rio, puxada pela morte do médico Jaime Gold (esfaqueado no último dia 20 deste mês), levou uma multidão ao local. Ninguém sabe ao certo o número de participantes, enquanto uns falavam em mil, outros diziam que ali estiveram mais de cinco mil pessoas. Sob gritos de “Tolerância zero”, “Pezao, eu quero a solução” ou “Prefeito, queremos mais respeito”– via-se muita gente revoltada.
Histórias violentas que aconteceram na cidade recentemente foram lembradas, como o assassinato do estudante Alex Bastos num ponto de ônibus em Botafogo, seus pais Mausy Schomaker e Andrei Bastos participaram, tanto quanto inúmeros ciclistas. E muitas, muitas pessoas, ainda que nunca tenha sido vítima direta da violência, enxergam a cidade como um todo e tem uma visão mais humana da situação, ou seja, são cidadãs. O ápice da passeata foi a chegada à Curva do Calombo, onde o médico foi morto, ali muita gente chorou. O carioca anda muito triste, apavorado e ao mesmo tempo, solidário, talvez tocado um pouco pela dor de todos, cada vez mais próxima.