Lucio Salvatore, artista plástico ítalo-carioca, deixou sua marca, nessa terça-feira (05/05), na estreia para convidados da Bienal de Veneza. Ele conta que pensou em seu trabalho como forma de dialogar com o tema da Bienal, “Todos os futuros do mundo”, e discutir a questão da margem e dos limites físicos, sociais, culturais e políticos.
Para isso, usou, literalmente, os limites físicos da Bienal: escreveu a palavra “Marginal” no caminho da porta de entrada da Bienal, nos seus jardins. Lucio usou a mesma tipografia da famosa frase de Hélio Oiticica – “seja marginal seja herói”. Uma homenagem a Oiticica, que em seu trabalho ressaltou a revolta do indivíduo reprimido pelo processo civilizacional da sociedade.
A instalação de Lucio foi sendo apagada pela passagem dos visitantes, o que era, aliás, a intenção do artista. Deixaram suas pegadas sobre ela o curador da Bienal, Okwui Enwezor, o mecenas François Pineault, o artista John Baldessarri e os brasileiros Luís Camilo Osório, curador do Pavilhão do Brasil, mais a galerista Nara Roesler, dentre tantos que visitaram a Bienal.