Uma das revelações do jazz no século XXI, o saxofonista porto-riquenho Miguel Zenón, que toca domingo no brasiljazzfest, na Cidade das Artes, é o falso simples. A produção suspirou aliviada quando ele pediu apenas frutas frescas, queijo, água mineral, chá, sucos, refrigerante e café para o seu camarim. Em compensação, não economizou em relação aos instrumentos que ele e seu quarteto vão usar. Miguel indicou cinco marcas (Steinmay, Bosendoerfer, Fazioli, Yamaha ou Bechstein) para que seja providenciado um piano de cauda de uma delas. O piano vai ter de ser afinado não mais do que duas horas antes da apresentação. E o baixo precisa ter, pelo menos, 60 anos de idade. Nem os músicos da orquestra de Wynton Marsalis, que abre o evento, na sexta-feira (27/03) foram tão exigentes assim.
O festival é uma nova versão do Free Jazz, criado pelas irmãs Monique e Sylvia Gardenberg, e agora com o patrocínio da Rede, empresa de meios de pagamento do Itaú Unibanco. É o mais antigo evento de jazz do país: tem 30 anos.