Em seu Facebook, no sábado (28/03), o guitarrista Dado Villa-Lobos comemorou a “publicação em cartório”, no dia anterior, da sentença que determina que a ré (Legião Urbana Produções Artísticas, de propriedade de Giuliano Manfredini, filho de Renato Russo, fundador da banda morto em 1996) não tenha mais o direito de proibir que ele e Marcelo Bonfá, os outros dois integrantes do grupo, façam uso da marca Legião Urbana, sob pena de multa de R$ 50 mil sobre cada ato de descumprimento.
O guitarrista parecia eufórico no comunicado aos fãs, que terminava dizendo: “Algo me faz pensar que não foi à toa que a Justiça se fez no dia do aniversário do Renato…” O vocalista da Legião completaria, dia 27 de março, 55 anos. Há alguns anos Dado e o baterista Bonfá vêm brigando com o filho de Renato pelo direito de usar o nome da banda à qual pertenceram. “No tributo que fizemos com Wagner Moura fomos impedidos disso”, conta Dado, relembrando o show de 2012. “Quero me relacionar com o meu passado, preservar a história do grupo”, disse.
Em outubro do ano passado, Dado e Marcelo pareciam já ter conquistado esse direito, em autorização dada pela 7ª Vara Empresarial do Rio, mas Giuliano Manfredini recorreu em seguida.
Sobre essa recente decisão da Justiça, a assessoria de Giuliano diz desconhecer totalmente o fato. “Gostaria que o Dado Villa-Lobos nos mostrasse essa publicação, se de fato ela ocorreu”, disse Murilo Caldas.
Enquanto esse imbróglio não é juridicamente resolvido, Dado Villa-Lobos lança, em maio, pela editora Mauad, o livro “Memórias de um legionário”, com o relato cronológico da banda e sua versão pessoal sobre a Legião, banda que, quase 20 anos depois do seu fim, ainda está bem forte na lembrança dos seus milhares de fãs.